Este livro é fruto da distância que não consigo ter dos poemas que me estão perto - sentido físico ou metafórico. Sentido físico, não só porque à gaveta bem chega a mão, mas porque é chegado o momento em que o corpo - nosso, e deles - dá o sinal que basta de movimentos perpétuos para e da escrivaninha e dentro da gaveta, e para todo o lado e de volta daí. De estranha forma, pelo movimento tornam-se golfada de vento. Na sua maioria, já passaram mais de quinze anos para se tornarem vendaval. E não se pode aspirar a que deixem de ser, mais, e ao menos.
