O Assalto à Escola de guerra

O Assalto à Escola de guerra

Editorial:
Fronteira do caos editores
EAN:
9789898647481
Any d'edició:
ISBN:
978-989-8647-48-1
idioma:
PORTUGUES
Ample:
200
Alt:
300
Disponibilitat:
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Col·lecció:
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Poucos meses antes Portugal e a Europa tinham sido confrontados com o começo da maior guerra da humanidade, prevista por Morais Sarmento e por alguns poucos visionários em Portugal, mas uma surpresa para a generalidade dos europeus. No Governo de então não tardam a definir-se  duas posições, que vão ocasionar uma profunda clivagem nacional até 1918. Freire de Andrade, o Ministro dos Negócios Estrangeiros, pensava  que Portugal devia alinhar em tudo pela Grã-Bretanha e aceitar todos os pedidos que ela fizesse, mas lhe interessava manter a neutralidade,  desde que isso fosse compatível com os desejos do Aliado. Pereira de Eça, o Ministro da Guerra, pensava que interessava a Portugal forçar a  beligerância, mesmo que isso contrariasse os desejos do seu Aliado. Estavam definidas as duas posições de fundo, a grande clivagem nacional entre guerristas e antiguerristas. Morais Sarmento alinha sem  qualquer hesitação pelos antiguerristas, aplaudindo quando Portugal cede armamento aos Aliados, quando permite a passagem de tropas britânicas por Moçambique e quando envia expedições para defender Angola e Moçambique, tudo isto nos curtos meses finais de 1914. Ao mesmo tempo, Morais Sarmento apoia Freire de Andrade, quando este se recusa a forçar a beligerância, coisa que a Grã-Bretanha não quer e não pede. Neste livro é explicado o contexto e o desenvolvimento deste  conflito, a forma como ele conduz ao primeiro grande abalo interno da  1ª República, com a formação do gabinete de Pimenta de Castro, em Janeiro de 1915, a convite do Presidente da República Manuel de Arriaga. Passados escassos meses surge a revolução de 14 de Maio de 1915, a mais sangrenta do século XX português, com mais de uma centena  de mortos e seis centenas de feridos. Será no seguimento desta, já derrubado Pimenta de Castro e depois da vitória dos revoltosos, que Lisboa é posta a saque. Os grupos de civis armados dominam as ruas da capital e, durante três dias (de 15 a 17 de Maio), praticam todo o tipo de abusos e crimes. Os representantes diplomáticos em Portugal ficam boquiabertos e assustados com esta explosão de violência, e, como temem pelos seus conterrâneos, pedem o envio urgente de uma força  militar. Ela acabará por chegar sobre a forma de três esquadras (Espanhola, Francesa e Britânica) que entram no Tejo, não tendo vindo outras porque o contexto da guerra o não permitia. Nesses três dias são realizadas centenas de assaltos em Lisboa, a jornais, centros políticos, casas particulares e instituições. Até a casa particular do  general Morais Sarmento é ameaçada, cercada por civis armados, que chegam a apontar as armas a senhoras da família quando estas tentam sair para a rua.

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