A primeira década de 1900 pode ser considerada o ponto de partida da génese histórica da psicossÃntese como abordagem psicológica integral e original. Mais precisamente, será de assinalar o ano de 1905, em que Assagioli redigiu a fábula designada o Rei interior, (à ), a qual veio a ser publicada em 1907. Nela se ilustra a vivência e a obra de que é pioneiro. Faz sentido a observação de Sebastiano Tilli, vendo, neste escrito, "um género de antecipação da própria psicossÃntese de Roberto Assagioli." Metaforicamente traduz-se, (à ), a tendência vital que em todos nós se manifesta e processa, em variados nÃveis evolutivos de identificação, de integração e de sÃntese. Cooperar, conscientemente, com esta propensão inata implica um enquadramento ao mesmo tempo prático e conceptual. A vivência alia a prática e a reflexão, a serem conjugadas no sentido perene da sua complementaridade. Do processo psicossintético que é inerente à própria vida todos somos usufruidores. Entrementes, a consciência desse processamento é porta aberta para uma colaboração que pode ter um alcance surpreendente, em termos individuais e colectivos.